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Análise do salário médio mensal dos trabalhadores por conta de outrem da Construção

1985 a 2017

Luis Moura / 2019-07-27


Resumo

Base de dados obtida de PORDATA - Estatísticas, gráficos e indicadores de Municípios, Portugal e Europa para o “Salário médio mensal dos trabalhadores por conta de outrem da Construção: remuneração base e ganho por sexo”. Perceber o comportamento salarial em Portugal, para os trabalhadores da construção civil.

Qual o ordenado médio, por mês, com ou sem horas extra, subsídios ou prémios, dos homens ou das mulheres empregados em empresas de construção de edifícios ou de engenharia civil?

A base de dados pode ser vista em formato Google Sheets, ou então directamente na página da Pordata.

Os gráficos e tabelas foram produzidos usando as seguintes Python packages:

Base de Dados: Salário médio mensal dos trabalhadores por conta de outrem da Construção: remuneração base e ganho por sexo

O código usado nesta página, encontra-se em formato .py (python), e pode ser acedido aqui.

Remuneração mensal dos trabalhadores da construção civil

A base de dados está compilada em 7 colunas como exemplificado na tabela seguinte:

Anos Total (base média) Homens (base média) Mulheres (base média) Total Homens Mulheres
1985 a 2017 - - - - - -

Base de dados:

A base de dados encontra-se dividida em dois grupos:

  1. Remuneração base média
  2. Ganho médio

Cada um dos grupos, encontra-se por sua vez divididos em 3 colunas:

  1. Homens
  2. Mulheres
  3. Total (média)

Remuneração base média

“A remuneração de base mensal é o montante que o empregado tem direito a receber todos os meses pelo horário normal de trabalho.”

PORDATA

Ganho médio

Ganho mensal corresponde ao somatório da remuneração mensal base, prémios e subsídios regulares e remuneração por trabalho suplementar.

PORDATA

Análise dos Dados

De ambos os gráficos (Remuneração base média e Ganho médio), podemos concluir o seguinte:

  1. O ordenado médio das mulheres é superior ao dos homens.
  2. Até 2010, os ordenados aumentaram de forma constante.
  3. De 2010 até 2017, não existe nenhuma alteração significativa à remuneração dos trabalhadores.
  4. A linha média em ambos os gráficos, acompanha de perto a linha dos Homens.

Em ambos os gráficos, o ordenado médio das mulheres é superior ao dos homens. Fazendo uma análise especulativa, esse facto resulta de as mulheres terem na sua maioria, posições administrativas ou executivas no sector da construção civil, aonde os cargos exercidos, proporcionam uma melhor remuneração mensal.

De 1985 até 2010, a renumeração mensal para ambos os grupos, aumentou de forma constante. A média do ganho mensal para ambos os grupos era 141.6 euros em 1985. Em 2010, essa mesma remuneração era de 948.2 euros, o que significou um aumento de 669.6%.

\(\frac{141.6}{948.2} \times 100 = 669.6\) %

De 2010 até 2017, não existe nenhuma alteração significativa à renumeração dos trabalhadores da construção civil. A tabela seguinte, mostra este mesmo período, em que a diferença entre o valor máximo e mínimo é insignificante quando comparado com a evolução desde 1985.

Anos Total Homens Mulheres
2017 967.0 960.8 1021.7
2016 955.5 949.5 1008.0
2015 958.6 951.5 1021.3
2014 962.2 954.1 1034.5
2013 968.9 960.9 1039.6
2012 970.2 962.2 1039.4
2011 958.0 949.4 1035.8
2010 948.2 940.5 1017.8

Em ambos os gráficos, a linha média acompanha de perto a linha dos Homens, de tal forma, que ela é praticamente invisível.1 Em análise especulativa, este facto deve-se ao número de homens que trabalham na construção, ser muito superior ao do das mulheres. Quando a média é ponderada tendo em conta o número de participantes em ambos os grupos, e porque a número de homens é bastante superior, a linha média total para ambos os sexos, segue de perto a dos homens, a sua principal influenciadora.

Anexo - Tabela de dados

Anos base-Total base-Homens base-Mulheres Total Homens Mulheres
1985 127.3 127.1 132.7 141.6 141.6 142.7
1986 149.8 149.5 155.7 167.7 167.7 168.1
1987 168.8 168.5 176.6 189.3 189.2 191.4
1988 187.5 187.2 193.4 214.2 214.3 213.1
1989 217.6 217.2 225.7 250.5 250.6 248.3
1991 305.8 305.2 315.7 354.7 354.7 354.3
1992 346.3 345.7 354.4 404.1 404.7 395.3
1993 392.3 391.9 398.7 453.0 453.8 440.5
1994 413.9 413.3 423.7 479.6 480.3 469.7
1995 422.2 421.2 438.1 490.0 490.1 488.3
1996 451.5 450.5 466.4 528.3 528.6 524.5
1997 458.7 457.5 475.4 537.7 537.8 536.8
1998 483.9 482.6 501.1 561.5 561.3 564.5
1999 498.0 495.8 525.4 578.5 577.4 592.8
2000 518.8 516.7 545.4 605.5 604.7 616.1
2002 561.5 557.5 612.6 665.7 662.9 701.2
2003 591.3 586.9 640.8 701.8 699.0 734.0
2004 623.1 618.5 673.8 730.6 727.5 763.9
2005 649.4 644.2 704.4 765.5 762.3 799.5
2006 673.6 667.3 738.6 796.7 792.3 842.7
2007 697.0 689.6 771.6 829.8 825.0 878.4
2008 728.6 720.8 804.3 870.3 865.3 918.4
2009 756.5 747.4 844.2 901.4 895.0 962.9
2010 793.6 783.6 884.7 948.2 940.5 1017.8
2011 796.5 786.0 890.9 958.0 949.4 1035.8
2012 808.3 798.3 895.4 970.2 962.2 1039.4
2013 806.5 796.5 896.1 968.9 960.9 1039.6
2014 800.2 789.5 895.7 962.2 954.1 1034.5
2015 796.2 785.8 888.2 958.6 951.5 1021.3
2016 798.9 789.4 881.7 955.5 949.5 1008.0
2017 808.6 799.3 890.8 967.0 960.8 1021.7

Quebra de série

PORDATA - Ambiente de Consulta

Quebra de Série
Ano Notas
1995 Alteração da Classificação das Actividades Económicas (CAE): Rev.1 até 1994 e Rev.2 a partir de 1995.
2003 Alteração da Classificação das Actividades Económicas (CAE): Rev.2 até 2002 e Rev.2.1 a partir de 2003.
2007 Alteração da Classificação das Actividades Económicas (CAE): Rev.2.1 até 2006 e Rev.3 a partir de 2007.
2010 A partir de 2010 (inclusive), os valores apresentados não incluem a Região Autónoma dos Açores.
2014 Alteração do universo de referência: Continente a partir de 2014.

  1. No gráfico da Remuneração base média, para o período pós 2010, acentua-se a diferença entre o ganho médio das mulheres e dos homens, possibilitando visualizar a linha média total para ambos os sexos.